quarta-feira, 15 de julho de 2009

Os taxistas e a gripe A H1N1

Os taxistas querem que o Governo lhes transmita directivas para um comportamento adequado no desempenho da sua profissão face à gripe A H1N1.
Estes senhores deviam saber que manusear dinheiro, independentemente de qualquer tipo de gripe, é um meio de transmissão de bactérias e vírus, logo, devem lavar as mãos com frequência e, na ausência de lavabos próximos, possuírem toalhetes com desinfectante ou uma embalagem com álcool. Como os vírus se propagam mais facilmente em meios húmidos, não devem levar as mãos sujas aos olhos, boca e nariz. Devem lavar e desinfectar o interior das viaturas todos os dias, pelo simples facto de transportarem pessoas saudáveis e doentes (por vezes substituem as ambulâncias no transporte de doentes aos hospitais). Manterem as viaturas arejadas e, se algum cliente espirrar no seu interior, verificar se o fez para um lenço, caso contrário chamar-lhe a atenção para esse facto. Tudo isto é do senso comum e chama-se apenas HIGIENE.
Certamente que não estão a querer comparar-se às Companhias de Aviação Comercial! E, mesmo estas, têm departamentos para elaborar protocolos de procedimentos para diversas situações, por isso não perguntaram o que deviam fazer face à gripe A, mas sim que necessitavam de mais tempo no solo para que a limpeza e desinfecção do interior dos aparelhos, entre viagens, pudesse ser mais profunda, e porque tal requer que fiquem parados mais tempo, implica a alteração ou ajustamento de horários bem como o aumento de taxas aeroportuárias, coisas que nada têm a ver com a utilização de um táxi.
Será que os taxistas estão à espera que o Governo lhes diga quantas vezes devem lavar as mãos por dia, ou o interior das viaturas, ou que a Ministra da Saúde lhes vá ensinar como é? Alguns são tão criativos no estabelecimento do preço para turistas menos avisados e para o caso da Gripe A não funciona nem um neuróniozinho? Não há pachorra.

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