sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sophia de Mello Breyner Andresen - o miradouro

Em homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, que morreu há cinco anos, foi ontem inaugurado em Lisboa um miradouro com o seu nome, à Graça, onde, além de um busto da poeta, se podem ler alguns dos seus poemas nas paredes do espaço circundante e apreciar a paisagem de que Sophia tanto gostava.

2 comentários:

Graça Martins disse...

É uma vergonha de branqueamento. O Botequim da Natália Correia, mesmo ao lado, toda a vida literária que nesse espaço aconteceu. Os poetas que por lá passaram, as conversas políticas que revolucionaram o país, a figura incontornável da escritora Natália Correia e inauguram o Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen, esquecendo quem viveu em Lisboa e exaltou mais que um poema, a cidade VIVA de Lisboa. Grandes interesses poíticos e familiares decidiram este acto.

Maria Josefa Paias disse...

sleeping beauty (Graça Martins),
Não sei muito bem como responder ao seu comentário, uma vez que, quer fosse o Miradouro de Sophia ou o de Natália, teria de igual modo sido publicitado aqui, porque fico feliz por ambas terem existido.
Quanto ao Botequim, conheci-o pessoalmente nos anos 80, e lembro-me que a Natália Correia não tirava aqueles seus olhos inquiridores de mim, como a perguntar-se: conheço esta de algum lado? Também me lembro de um senhor, já com alguma idade, que se estatelou no chão e bateu com a cabeça, não sei se no piano se no balcão, por já ter bebido demais, e que foi prontamente socorrido e uma vez de novo em pé parecia não ter nada de grave. Não fiquei chocada com a cena porque estava prevenida para alguns excessos dos clientes habituais da casa.
A última vez que ouvi falar do Botequim, tinha sido transformado numa livraria de literatura para crianças, onde em certos dias da semana se lia em voz alta para elas e, segundo me pareceu, num ambiente muito agradável.
Desconheço interesses políticos e familiares e, por isso, não posso opinar.