domingo, 11 de abril de 2010

Este Congresso foi do PSD ?


Acompanhei em directo, via rádio, os discursos de abertura e de encerramento de Pedro Passos Coelho, novo Presidente do Partido Social Democrata (PSD), no Congresso deste Partido que se realizou neste fim-de-semana, e dei comigo a concordar, quase na totalidade, com as ideias que apresentou para o País.
Também gostei do modo como o seu pensamento foi veiculado, com um tom de voz sereno, claro e bem articulado, e mesmo quando era necessário subir esse tom, nunca chegou àquelas tonalidades "histéricas" a que outros intervenientes políticos, de todos os quadrantes, nos habituaram, designadamente no Parlamento.
Será que uma só pessoa consegue transformar um Partido? E por arrastamento, o País?
Como a sua atitude me deixou numa espécie de encantamento, será de elementar bom senso aprofundar e reflectir sobre as implicações das ideias que ouvi, serenamente.

6 comentários:

Miguel Gomes Coelho disse...

O CDS deve estar altamente preocupado.
Um abraço, Maria Josefa.

vbm disse...

Foi realmente diferente
de um mero discurso
de oposição!

A ser verdade o que se propõe
vão ter de constituir
um governo-sombra
exemplar a trabalhar.

A ver vamos.

Se acontecer, Sócrates
vai ter de esmerar-se.

Maria Josefa Paias disse...

.
Miguel,
Se o CDS ficou preocupado, eu não estou nada preocupada com o CDS:))

Um abraço.

Maria Josefa Paias disse...

.
vbm (Vasco),

Antes de ir ao governo-sombra, sabe do que é que eu me lembrei enquanto estava deliciada a ouvir Pedro Passos Coelho com aquela dicção irrepreensível? Daquele poema de Natália Correia que publiquei aqui, "Língua mater dolorosa" e do seu comentário. É uma maravilha quando a língua portuguesa é tratada assim.

Quanto à constituição de governos-sombra, que entre nós nunca conseguiram vingar como, por exemplo, em Inglaterra, talvez devido às características e personalidades dos políticos que temos tido, ou por falta de uma cultura democrática bem cimentada que ainda não temos, não creio que haja condições para isso. Mas, quem sabe, talvez Pedro Passos Coelho consiga também ser diferente nesse aspecto, e formar um governo-sombra, tanto mais que deixou bem claro que é ao Governo que compete governar e não à oposição e que as propostas desta devem ser dadas a conhecer ao País para que saibamos as alternativas na hora de escolher através do voto.

A ver vamos, como diz.

Um abraço.

Manuela Freitas disse...

Passos Coelho, marcou uma certa diferença, a minha dúvida é se será o político adequado, para este momento tão específico!...
Josefa, eu sou uma pessoa cheia de cepticismos, embora até possa parecer que não!...
Bj,
Manuela

Maria Josefa Paias disse...

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Manuela,

Uma personalidade diferente, um rosto diferente, um discurso diferente, mesmo que não tenha o meu acordo total, é do que eu estava a precisar porque o meu cansaço de ver sempre os mesmos já se estava a tornar insuportável. Pelo menos a novidade deu-me de novo trabalho aos meus neuroniozinhos em matéria política e vontade de escrever sobre o assunto.

Quando passar a novidade, vamos ver se volta tudo ao mesmo, ou seja, que já sabemos o que cada um vai dizer antes mesmo de abrir a boca, um aborrecimento contínuo.

Entretanto, fico na expectativa de que o debate quinzenal com o Primeiro-Ministro no Parlamento que se realiza hoje, não seja mais do mesmo.

Obrigada e um beijinho.