sábado, 17 de julho de 2010

Aristóteles - Da Amizade

«A amizade sincera está no meio-termo entre a adulação e a hostilidade, e mostra-se nos actos e nas palavras. O adulador é o que concede aos outros mais do que convém e mais do que têm. O inimigo é o que nega os dotes evidentes que possui a pessoa de que não gosta. Escusado será dizer que nenhum destes dois caracteres merece elogio. O amigo sincero ocupa o verdadeiro centro; não acrescenta nada às boas qualidades que distinguem aquele de quem se fala, nem o elogia pelas que não tem, mas também não as rebaixa, nem se compraz jamais em contradizer a sua própria opinião. Assim é o amigo».

De La Gran Moral, Capítulo XXIX, 6.ª edición, Espasa-Calpe, S.A., Madrid, 1976
(tradução minha)

1 comentário:

Ana Paula Sena disse...

É sempre muito esclarecedor ler Aristóteles. Uma admirável clareza e "arrumação" de ideias.

Obrigada, Josefa :)